Não acredito em gnomos ou doendes, mas vampiros existem. Fiquem ligados eles podem estar em uma sala de bate-papo virtual, no balcão de um bar, no estacionamento de um shopping. Vampiros e vampiras aproximam-se com uma conversa fiada, pedem seu telefone, ligam no outro dia, convidam para um cinema. Quando você menos espera, esta entregando a ele o seu rico pescocinho e mais. Este “mais” você vai acabar descobrindo com o tempo. Vampiros tratam você muito bem, tem muita cultura, presença de espiro e conhecimento da vida. Você fica certo que conheceu alguém especial. Custa a se dar conta de que eles são vampiros parecem gente. Até que começam a sugar você. Sugam todinho o seu amor, sugam sua confiança, sugam sua tolerância, sugam sua fé, sugam seu tempo, sugam suas ilusões. Vampiros deixam você murchinha, chupam até a ultima gota. Um belo dia voce descobre que nunca recebeu nada em troca, que amou pelos dois, que foi sempre um ombro amigo,que sempre esteve à disposição, e sofreu tão solitariamente que hoje se encontra aí, mais carniça do que carne.
Esta é uma história de terror que se repete ano após ano, por séculos.
Relações vampiricas: o morcegão surge com uma carinha de fome e cansaço, como se não tivesse dormido a noite toda, e você se oferece para uma conversa, um abraço, uma força. Aí ele se revitaliza e bate as asinhas. Acontece em Fortaleza, São Paulo, Rio de Janeiro, Manaus, Recife, Florianopoles, em todo lugar, não só na Transiovânia. E ocorre também entre amigos, entre familiares, não só nas relações de amor.
Doe seu sangue para hospitais. Dê seu sangue por um projeto de vida, por um sonho. Mas não doe para aqueles que sempre, sempre, sempre vão lhe pedir mais e lhe retribuir jamais.
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